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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

MUDANÇA DE GESTÃO NO SETOR PÚBLICO

Quando vê-se na mídia, que Brasília encontra-se afundado na "lama da corrupção”, uns Estados o caos no sistema prisional, outros com políticos envolvidos com o mundo da criminalidade, outros governos, envolvidos em esquema de favorecimento de informações estratégicas de Estado, isso nos serve de brutal lembrete do preço pago por todo cidadão quando os governantes, de um modo geral, não cumprem o seu papel.

E visível à incapacidade do Estado Brasileiro no que tange a administração das políticas públicas, principalmente a segurança, sem falar nos novos desafios do século, embora alguns servidores públicos, isoladamente, tenham exibido um desempenho heróico, os recentes acontecimentos revelam em tons dramáticos a necessidade de um alto desempenho de órgãos públicos tanto na hora de lidar com situações de vida ou de morte quanto na de impedir que uma crise chegue a tal ponto.
O setor privado exibe impressionantes avanços em produtividade e descobre soluções de mercado para importantes necessidades sociais.
No entanto, alguns órgãos públicos de alto desempenho se parecem com empresas privadas. Ambas tem metas dignas, processos e projetos bem elaborados, rigorosos nas prestações de contas; dirigentes eficazes, entre outros.
Ocorre que, a profunda diferença em propósitos, culturas e contextos com quais ambas operam, produz entraves bastante distintos.
O maior desafio em promover mudanças de sucesso e avanços de desempenho substancial e sustentável na esfera pública está menos em identificar soluções, do que superar obstáculos singulares, tais como: a escolha de lideres/gerentes comprometidos com o processo de reformas e de comprovada capacidade em capitanear iniciativas de mudanças de grande escala.
Por outro lado, o prazo limitado dos líderes, geralmente 04 anos, quando este já está em busca de um novo posto, leva muitos funcionários públicos graduados e principalmente comprometidos com o processo de mudanças, a fecharem o foco em reformas que possam ser promovidas a “toque de caixa”, em vez de se dedicar a reestruturações organizacionais demoradas cujos resultados em geral só apareçam quando o líder já tiver partido. Também não pode deixar de lado os obstáculos provocados pelas normas burocráticas adotados em tese para impedir desvio e outros entraves no setor, gerando um ambiente menos flexível do que na iniciativa privada.
Por último, num regime democrático todos têm interesses legítimos nas atividades de um órgão público, tudo ocorrendo à vista de todos e por isso quase toda iniciativa esta fadada a ser reprovada por alguém.
Agora, se os lideres/dirigentes tiverem respaldadas em políticas públicos alvos, capaz de renovar o compromisso de servidores com a real missão do órgão, de promover amplas reformas, o bastante para derrubar focos de resistências e, por fim, de armar o palco para atos seguintes com clareza e sistematização, o avanço prosseguirá, mesmo após a liderança maior trocar de mãos.
A nossa missão não pode perder o vigor e o compromisso com as mudanças apenas pela implantação de novas prioridades políticas impostas pela sucessão dos dirigentes no comando.
*Leonete Thiesen
Agente Policial Civil

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